Cartão Postal da Ilha

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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Cheetos, Van e Pipa

Cheetos, Van e Pipa
PDF 821

Cheetos-Truck-Orlando.jpgE um casal vindo da Ilha do Governador, escolhe Natal para passar alguns dias. Procuraram as verossimilhanças entre as duas paradas; da Ilha e de Natal; de GIG e de NAT; RJTV e RNTV. Morro do Dendê e  Mãe Luiza; Padre Severino e Alcaçuz. Força Nacional e grupamentos de Fuzileiros Navais, posicionados nas ruas. Potiguares e Temiminós; terras ocupadas por índios e portugueses; invasões de holandeses ou franceses. Base de aviões e fábrica de aviões. Nada deveria ser muito diferente. Com farofeiros e forasteiros, já estavam acostumados, desde os longos tempos passados. E Natal agora já tem Rádio Cidade, só não tem Eládio Sandoval, mas a vinheta é a mesma. Não iriam achar nenhuma ladeira, semelhante a Curuçá ou Magno Martins.


De uma adolescência nas praias da Ilha, com os vales diversos, para separar os espaços. Procuraram em Natal e adjacências, vales semelhantes, como o Vale dos Cornos e o Vale das Cocotas; e também tinha o Banamares, denominações dos seus tempos de praia, curtindo do Bananal a Freguesia, com um espaço e um transporte conhecido como RPM. Onde eram frequentes os banhistas de Ramos, Penha e Madureira. Encontraram no balneário distante, Praia do Meio e Praia dos Artistas. E tem a praia do Forte lembrando a Ponta do Tiro.  Na Ilha tem a Pedra da Onça, enquanto no RN tem a pedra do Salto da Onça. Os dois lugares têm Ribeira, uma ponte, e também tem samango com novas joaninhas. Zumbi no RN é um pouco distante. Enquanto na Ilha CDF é cú de ferro, em Natal é a Casa do Fera. Na Ilha mascam chiclete, em Natal mascam pitomba, embora Natal tenha sido a primeira cidade brasileira a conhecer a goma de mascar, refrigerante de cola e óculos Ray Ban.


Vendedores ambulantes andando nas areias das praias, de lá e de cá, é o que não falta, vendendo de tudo, do protetor solar ao óleo de avião. Da água de coco a água da bica. Milho e tapioca, pipoca ou pitomba. Saindo da praia, não tinha nem Dom Franguito e nem Tabuão, mas tinha o Camarões. Deixaram de lado o siri, o baiacu e a cocoroca, para comer camarão em terras potiguares (os  comedores de camarão). Mas na praia ficou um vazio, não avistaram nada parecido como Jurubaíba, Paquetá e Ilha D'água.


Depois de conhecer a praia de Ponta Negra, e não poder subir no morro do Careca, que não é mais que um morro de areia soprada pelos ventos, resolveram dar uma esticada até Pipa, ao sul de Natal. Mas não levaram o cerol na linha 10, para cortar os inconvenientes. Lembraram coisas da Ilha, primeiro aguardaram a Van no ponto, que Natal chamam de parada. Na Ilha fazem sinal para embarcar ou saltar, e em Natal pedem parada. Com Van e Kombi e casal é descolado.


E quando estavam espremidos dentro de uma Van, lembrando mesmo ser em um Boeing 910, do Bananal a Madureira, com escalas em Ramos, Penha e Olaria. Com cheiros e aromas diversos. Do antigo cheiro de cachorro quente na praia, com um tabuleiro cheio de tomate, pimentão e cebola, cobrindo as salsichas, sobre o tabuleiro, aquecido com uma churrasqueira. Nos tempos agora mais modernos, o cheiro agora é de Cheetos, com sabores e cheiros diversos. Já não são agora os suburbanos, mas um bando de argentinos. Los Hermanos que tal como o casal foram até a praia de Pipa.


Imagem: https://www.google.com.br/search?q=van+cheetos&biw=1093&bih=534&site=webhp&tbm=isch&imgil=FEBzhJJTB-LzdM%253A%253BlW_CqfaGJz-HfM%253Bhttps%25253A%25252F%25252Fwww.youtube.com%25252Fwatch%25253Fv%2525253DPI7l2t5CfZc&source=iu&pf=m&fir=FEBzhJJTB-LzdM%253A%252ClW_CqfaGJz-HfM%252C_&usg=___ZvpoXxWwD_pBNDgsR8DxJJ3Vfs%3D&ved=0ahUKEwjZpvPI39vRAhXTl5AKHXE-CeYQyjcIJw&ei=8MmHWNnuKdOvwgTx_KSwDg#imgdii=FEBzhJJTB-LzdM%3A%3BFEBzhJJTB-LzdM%3A%3BwOzbvre6R93qNM%3A&imgrc=FEBzhJJTB-LzdM%3A


RN, 24/01/2017

Roberto Cardoso (Maracajá)

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